O texto abaixo de Suzana Gutierrez e Lilian Starobinas traz uma reflexão muito importante, elas comentam que as redes sociais hoje representam uma realidade e que o professor não pode negar, enquanto ferramenta de ensino e contato com seu aluno. O espaço da sala de aula foi expandido e a rede possibilitou um novo jeito de ensinar e aprender. Mas chama atenção para que escolas e educadores assumam o compromisso quando diz: "A educação não pode, portanto, evitar o computador e filtrar sites como Orkut e YouTube. Educar é preparar para usar bem, com critério, ética e responsabilidade", opina Lilian.
Ver texto a seguir:
As redes sociais já foram consideradas o futuro da internet. O futuro, portanto, chegou. E com ele uma dúvida: agora que as redes já são uma realidade, o que esperar delas? "Com a web cada vez mais interativa e social, penso que passaremos por um período em que surgirão diariamente novas alternativas de suporte para as redes sociais", responde Suzana Gutierrez Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisadora do Tramse (Núcleo de Pesquisa sobre trabalho, movimentos sociais e educação da UFRGS).
Estas alternativas terão características diferentes segundo o ponto de interesse - música, comunicação, vídeos ou jogos, por exemplo - que procurarem atender. "Algumas vão desaparecer em pouco tempo, outras se transformarão, outras, ainda, vão compor novas alternativas híbridas. Algumas se consolidarão e farão história, como os blogs", prevê Suzana. Ela mesma lembra que isto já está acontecendo e cita como exemplo o Twitter. Se no início as pessoas respondiam à pergunta: "o que você está fazendo?", hoje elas contam no site o que está acontecendo.
Neste sentido, a portabilidade pode ser um primeiro e importante passo em direção ao futuro. "Não vai demorar até que a internet esteja por aí nas mochilas e nos bolsos", afirma Lilian Starobinas, Mestre em História Social, Doutora em Educação e pesquisadora de redes, colaboração e tecnologia. Para ela, a portabilidade e a mobilidade de computadores e conexões poderão ser aproveitadas em aplicações educacionais.
"A educação não pode, portanto, evitar o computador e filtrar sites como Orkut e YouTube. Educar é preparar para usar bem, com critério, ética e responsabilidade", opina Lilian. A pesquisadora também usa como exemplo o Twitter. "Ferramentas como esta alteraram a concepção de audiência, já que os comentários podem tanto ser voltados aos contatos do autor quanto a todos os interessados em determinado tema. Esse é um caminho fantástico para a troca de informações em larga escala".
Tudo indica que, no futuro, redes sociais e educação se encontrarão frequentemente. "Novos recursos serão colocados nas atuais redes sociais porque, mesmo que esses sites não tenham sido criados para fins educacionais, os professores reconheceram o potencial deles para o ensino. As redes podem ser usadas pelos professores como ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), por terem recursos como fóruns de discussão, chats e, blogs", observa Vanessa Bohn, mestranda da Faculdade de Letras da UFMG e professora de inglês do Colégio Militar de Belo Horizonte.
A expectativa é que, além de contribuir com a educação, as redes sociais possam estimular também mudanças positivas nos métodos e nas formas de ensino, aprendizado e estudo. Se o que era futuro já virou presente, o que está sendo construído agora é uma rede de futuras possibilidades. Pegando emprestada uma prática comum nas redes sociais, possibilidades construídas com a colaboração de todos.
E como material complementar segue vídeo “Rede Interativiva 2.0”
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